terça-feira, julho 24, 2007

Parabéns

King Richard!

terça-feira, julho 17, 2007

(Re-)Aprendizagens

1. A comunicação é deturpada nos boatos

Quem me contou o que alguém ouviu dizer foi que o formador tinha dito que eu lhe tinha dito que os formandos eram um "grupo perigoso". Confuso?

Quem parece que ouviu ao formador dizer isso já usa antes outra palavra em vez de perigoso e que é mais plausível "complexo". Não sei onde a mensagem se desvirtuou nem me interessa.

2. Os boatos podem ser uma ferramenta forte para enfraquecer aqueles de quem não se simpatiza

3. Alguns colegas de trabalho mais facilmente fazem juízos de valor a partir de boatos (cuja veracidade não verificam) do que a partir do trabalho já conhecido do colega

4. Alguns colegas de trabalho viram costas ou colaboram a atirar pedras quando vêm os outros colegas em apuros em vez de tentarem defendê-lo ou tentar compreendê-lo, confrontando-o

5. Nem toda a gente pode gostar de nós

6. A imposição de regras pela caçula do grupo é mal vista - é preciso trabalhar a liderança assertiva

7. Trabalhar mais em gestão de conflitos

8. A selecção de formandos realmente motivados é a chave para o sucesso de uma acção de formação

Aprendizagem Confrontos directos

Na avaliação de reacção, recebi poucos comentários. Dizem-me agora que não me queriam expôr. Mas expôr de quê? Se eu aplico um instrumento de avaliação, anónimo e com espaço para comentários, é para esse espaço ser utilizado. Só assim é que as pessoas podem evoluir.

Mesmo com o formador ter explicado tudo isso antes de aplicarem o instrumento, mesmo depois de ter reforçado essa importância após a apresentação dos resultados, o grupito parece continuar na deles.

Este grupo não gosta de confrontos directos, não gosta que lhes chame a atenção individualmente de acções a melhorar (mas adoram palmadinhas nas costas individuais).

Eu prefiro confrontos directos - a forma mais eficaz de aprender a melhorar e evitar o diz que disse. A conversa individual e troca de opiniões e justificações de cada um ajuda a perceber o outro ponto de vista e confrontá-lo com o nosso. Face a isso, podemos ou não mudar, consoante a nossa concordância ou não com o reparo.

Mas as pessoas não são todas iguais. E há quem continue a querer ouvir as coisas boas individualmente e as más para o grupo em geral. Vou reflectir sobre esta questão.

Aprendizagem planeamento

Já coordenei vários cursos desde 2003, perfazendo ao todo mais de 500 horas a coordenar, mais de 5 grupos diferentes e sempre resultados muito favoráveis (fora as horas em que dei formação).

A semana passada comecei a coordenação de um novo grupo. Ia já de sentinela porque sabia de 3 pessoas que iam sem experiência de coordenação (pouco relevante) e sem vontade de o frequentarem ou quererem assumir essas funções no futuro (muito relevante). Uma dizia que sentia que ia de férias, outra avisou-me de antemão que não gostava de "joguinhos" e outra ia revelando a sua (não)vontade de forma menos evidente.

No primeiro dia do curso, da parte da tarde, recusaram-se a planear os tempos livres. Os tempos livres surgiriam quando lhes apetecesse. Em todos os cursos que coordenei e em que participei como formanda, todas as pessoas do grupo quiseram envolver-se em planear essas actividades e responsabilizarem-se pela sua implementação. Algumas das actividades previstas realizavam-se e outras acabavam por cair, de acordo com a vontade e a disposição dos formandos.

Neste grupo tudo é diferente. Não quiseram planear tempos livres. Para mim era uma verdade absoluta os formandos estarem sempre interessados neste planeamento, pelo que quis perceber porquê. Esta comunicação foi muito difícil. Os formandos não entenderam isso. Acabaram por interpretar que estava a querer impingir-lhes esse planeamento e essa unidade não correu bem.

O que fazer face a estes resultados:
- repensar os meus argumentos de defesa deste planeamento
- repensar a forma como abordo a unidade
- preparar-me para que os formandos não queiram fazer esse planeamento



P.S. - com isto até parece que tive avaliações negativas; longe disso - geralmente a minha média de avaliação situava-se acima dos 4,5; agora está nos 4; eu é que pretendo sempre aprender e melhorar a minha forma de actuação, desde que não desvirtue aquilo em que acredito: a formação profissional é algo que deve ser levado a sério.