segunda-feira, agosto 22, 2011

As boas notícias

Cada vez vejo menos televisão.

Se o tempo já é tão pouco para me desmultiplicar entre os meus afazares profissionais, sociais e familiares, hei de permitir gastá-lo de forma tão passiva, em frente a um aparelho, apenas a receber, esperando por outros que façam algo, culpando-os do que não fizeram ou do pouco que fizeram e aceitando a minha inacção?

É difícil. Por vezes estou tão cansada do dia de trabalho e torna-se tão mais fácil deixar-me escorregar para o sofá e ficar o resto da noite a exercitar o dedo indicador, em modo zapping!

Não sei se tem sido azar meu, mas nas últimas semanas, sempre que está 1 televisor ligado, quer seja no café, na casa de amigos ou familiares, só vejo notícias tristes, com agressividade em crescendo, conflituosas e desmoralizadoras, repetidas vezes sem conta, contadas na 1.ª, 2.ª e 3.ª pessoas, com excelsos comentadores, ocupando grande parte do tempo de antena.

Há tão bons exemplos por aí, que podiam ser notícia e que podiam realmente impulsionar para que outros se lhes seguissem. Porque é que estas as notícias não são opção para maior destaque? Porquê esta sede pelo mau, pelas guerras never ending? Porque é que se continua a dar audiências a grelhas programáticas cinzentas e incapacitantes na generalidade?

As boas notícias é que concerteza temos boas coisas para partilhar e criar, todos os dias. Sem passar por cima das pessoas, mas com elas. Se optarmos hoje por nos sentarmos à mesa com 1 bloco e caneta em vez de no sofá com o comando, podemos planear e fazê-lo.

Não sou omnipresente e falho muitas vezes. Mas continuo a tentar e a aprender.

A quem e como vou hoje levar 1 sorriso, 1 abraço, 1 beijo?

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