domingo, setembro 17, 2006

O dia do nó

A Pequenita e o J.F. (a Pequenita não nos disse a tua alcunha) também já estão. Estavam lindos e radiantes.

Nestas alturas ponho-me a pensar como e se será possível que duas pessoas tão felizes no seu dia de casamento possam alguma vez vir a separar-se. Que razões motivarão essa mudança? Num dia mágico como este, a felicidade veio sempre para ficar e tudo será para sempre.

Num casamento, haverá sempre conflitos. Primeiro que tudo porque são 2 pessoas, que embora formem um casal, têm a sua individualidade intrínseca. Isso, não há como mudar. Uma das convidadas também o disse aos noivos: "Ser feliz não é correr tudo às 1000 maravilhas", mas é viver esses momentos menos bons, juntos, e conseguirem ultrapassá-los (acrescento eu).

A conversa, o falar, o estar atento JUNTOS, são ingredientes muito importantes que devem fazer parte de ambos. Se for só 1 a puxar a carroça sempre, a carroça torna-se demasiado pesada para esse 1 conseguir aguentar o caminho todo.

Como conciliar as 1001 actividades que um se impõe a fazer com o descanso que o outro pretende?

O papel de cada 1 não está escrito em lado nenhum. É o casal que o escreve e rescreve diariamente; se 1 pode ajudar numas coisas (planeamento; criatividade) o outro complementa com as outras (a substância, o saca-rolhas, as 1001 propostas). Se hoje chegas tarde, preparo o jantar. Se amanhã chego cansada, tratas tu da refeição. Se estamos os dois sem paciência, vamos comer fora. Se queremos estar sozinhos, vamos para os nossos recantos. Se as coisas não estão bem, conversamos abertamente. Não saiamos de casa sem estar tudo esclarecido. Cedes tu ou cedo eu.

(às vezes era bom o blog gravar não só o texto mas também o tom com que se escreve; esta última frase seria cantada, como naquele programa do Tordo "Falas tu ou falo eu")

O tempo das Esposas Dedicadas, onde o seu papel era bem definido, esse já acabou. Hoje compete ao casal mimar-se mutuamente e procurar proporcionar em conjunto a felicidade ao cônjugue e nunca esquecendo a máxima que o meu pai me diz tanta vez: "Nem sempre nem nunca."

[...]


E entretanto desviei-me dos momentos do casamento dos nossos amigos.

O nosso empregado era demais e entrou bem no espírito; os desencaminhadores de noivos (leia-se os organizadores das despedidas) ajudaram. Graças a eles os 3, julgo que fomos a única mesa a comer/beber o corta-sabores com cheirinho.

Apesar de terem aquele ar gozão, sabem bem separar a brincadeira dos assuntos sérios. E estão sempre aqui, quando precisamos. Obrigada.

O casal Alverca transmitem-me algo que não sei explicar, mas simplesmente que gosto, dá-me serenidade. É por aqueles nada que significam tanto. Ontem fomos os pais deles ;) Estou a sorrir porque achei piada eles terem dito isso. E afinal nem fizemos grande coisa: combinamos ir juntos para o casamento. Para quê levar 2 carros se cabíamos num só? Depois, demos-lhes um envelope e a caneta para escreverem. No big deal. Pelo gosto do Divagador por barcos, trocamos de brinde no final da noite. Foi a melhor prenda que nos podiam ter dado.

Aprendemos umas coreografias novas e relembrámos as + antigas. Claro que a meio tive que me descalçar. Sabem como é. Ou isso ou a Formiga passava o resto da noite sentada, a olhar para o resto do pessoal a dançar, cantar e divertir-se. Eu escolhi divertir-me!

Com o Divagador, manito e o Verniz, lá para o fim da noite ainda tivemos tempo de falar sobre os bons momentos. Referi 1 ditado irlandês que a Anne Marie tem no gabinete: "Só depois de estares numa noite de escuridão consegues apreciar a beleza do nascer do sol".

O manito respondeu-me: "Se choras por não veres o sol, as lágrimas não te deixarão ver as outras estrelas que brilham no céu".

O Verniz, prontamente disse: "Epá, vocês deram cabo de mim. Vou só ali chorar um bocadinho e volto já."

A noite já estava a ser mesmo muito longa ;)

Mas ainda foi mais para o par maravilha da noite - graças a uns manfios que não deviam ter mais nada que fazer (eu não acuso ninguém), foram brindados com uma prenda no carro que os levaria para as núpcias: papel higiénico cobrindo-o, balões amarelos e verdes e outros afins recheando-o e a cereja no bolo - o balão do Noddy. Ficava lá tão bem...

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